
Aumento mamário/mamoplastia
A mamoplastia de aumento consiste na introdução de próteses (de gel de silicone ou de soro), de forma a aumentar o tamanho da mama. Está indicado em mulheres que apresentam um volume inadequado de mama ou que desejem restaurar o volume natural da mama alterado na sequência de um processo evolucional (resultado de perda de peso, gravidez ou envelhecimento).
O aumento mamário é segundo procedimento estético mais frequentemente realizado (depois da lipoaspiração), sendo que atualmente se estima que mais de 1% das mulheres adultas tenham colocado próteses mamárias.
Aspectos técnicos da cirurgia
Incisões: Inframamária, axilar ou peri-areolar
Posição da prótese: Retro-glandular, retro-muscular ou biplanar (duplo plano)
O procedimento cirúrgico demora, em média, cerca de 1H30. Pode ser realizada sob anestesia geral ou sedação com anestesia local. Poderá ser realizado em regime de ambulatório ou internamento (internamento médio de 1 noite).
Todas as técnicas têm vantagens e desvantagens que serão discutias com o paciente durante a avaliação pré-operatória.
O tamanho, forma da mama e os resultados pretendidos antes da cirurgia influenciam quer o tratamento recomendado quer o resultado final.
Cuidados pós-operatórios
Medicação no pós-operatório
- Paracetamol ou ibuprofeno para controlo da dor
- Diazepam ou ansiolítico semelhante poderão ser úteis no relaxamento dos músculos peitorais
- Antibioterapia profilática
Soutien
Uso de soutien cirúrgico ou desportivo durante 6 semanas
Atividade
- Massagem da mama ao 5º dia pós-operatório
- Retorno a atividade profissional ou execução de exercícios leves ao 7ª dia pós-operatório
- Exercício pesado às 4 a 6 semanas pós-operatórias
Complicações e riscos cirúrgicos
A mamoplastia de aumento é considerado um procedimento seguro. No entanto, todos os procedimentos cirúrgicos estão associados a um certo risco de complicações, sendo os mais frequentes:
- Hematoma (acumulação de sangue)
- Seroma (acumulação de líquido seroso)
- Infeção
- Alterações da sensibilidade
- Contratura capsular (“rejeição da prótese”)
- Rutura da prótese
- Mau posicionamento ou migração da prótese
- Linfoma anaplásico de grandes células – muito raro
Próteses mamárias de silicone e gravidez, lactação e amamentação
Não existem evidências científicas, atualmente, de que as próteses de silicone sejam mutagénicas ou teratogénicas.
Estudos clínicos, conduzidos pelo Departamento Britânico de Saúde e pelo Instituto de Medicina da Academia Nacional de Ciências Americana, demonstraram que as próteses mamárias de gel de silicone são seguras para a lactação e amamentação. Não existem, no entanto, estudos suficientes para garantir a sua viabilidade em todos os casos operados.
Próteses mamárias de silicone e risco de cancro da mama
Atualmente não existem quais quer evidências científicas de que as próteses mamárias aumentem o risco de cancro de mama. Com exames de imagem adequados não se verifica aumento de risco de cancro de mama, atraso no diagnóstico ou diferenças na sobrevida ou recorrência.