
Otoplastia – tratamento de orelhas descoladas ou aladas
A orelha alada (também conhecida como orelha proeminente ou orelha de “abano”) é uma malformação congénita muito frequente, afetando cerca de 5% da população. Caracteriza-se por uma protusão (afastamento) da orelha (comumente do 1/3 superior) em relação à cabeça e ausência de pregas características (anti-helix). Pode ser unilateral ou bilateral.
Apesar de não estar associado a qualquer consequência fisiológica relevante, numerosos estudos apontam que esta deformidade está associada a stress psicológico, trauma emocional e problemas comportamentais nas crianças.
A otoplastia é o procedimento cirúrgico descrito para correção desta deformidade. Pode ser realizado em adultos ou crianças. Idealmente deve ser realizada entre os 4 e os 5 anos de idade, uma vez que nesta idade o pavilhão auricular já atingiu parte relevante do seu crescimento e a criança ainda não iniciou a escola (evitando assim consequências psicológicas futuras). A criança deverá demonstrar um nível de maturidade suficiente para cooperar com instruções e restrições pós-operatórias.
Aspectos técnicos da cirurgia
Incisões: Retro-auricular (atrás da orelha)
O procedimento cirúrgico demora, em média, 1h30.
Pode ser realizada sob anestesia geral ou sedação com anestesia local.
Realizado em regime de ambulatório.
Cuidados pós-operatórios
Medicação no pós-operatório
- Paracetamol ou ibuprofeno para controlo da dor
- Pomada antimicrobiana
Banda
Utilização durante 3 a 6 semanas
Atividade
- Retorno a atividade profissional ou à escola aos 2 dias pós-operatório
- Exercício pesado ou recreio às 3 semanas pós-operatório
Complicações e riscos cirúrgicos
Trata-se de um procedimento muito seguro e as complicações raras. Destacam-se:
- Hematoma (acumulação de sangue)
- Infeção
- Condrite (infeção da cartilagem)
- Deformidade residual ou tardia